quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Outra Vez



Lágrimas jorram sobre meu rosto.

Meu rosto que agora está tão marcado...

Faz dias que não durmo,

Outrora eu nem acordava...

Tento tirar forças do inexistente

Para seguir em frente.

Mas essa chaga retumba do interior da minha alma.

Faz da minha vida um eterno desalento.

E tudo está iminente a desvanecer.

Mas antes de acontecer,

Todos me dizem para esquecer.

E como posso eu fazer,

Quando tu és meu devaneio etéreo?!

Quando és meu ungüento perfeito?

Não. Não posso esquecê-lo.

Por que tu tiveste que ir?

Por quê?

Por que me deixastes aqui?

Neste ignoto que se tornou a minha vida.

E eles têm razão.

Devo seguir em frente.

Esgueiro-me então,

Em meio a toda essa bruma,

E com um falso olhar ufano,

Ruflo as minhas asas,

E tento voar como tu me ensinou...

E ainda assim,

Rogo aos céus

Para que eles me permitam

Ver-te outra vez.