Pondo fim nessa série de textos, aqui vai o último:
E a soberana dos bobos (Eu) encontra-se na foto acima
Parte 5: Bobos
Não são admirados,
Nem almejados,
Não são invejados,
Nem sequer são lembrados.
Não tem nada a oferecer além deles mesmos.
Vivem para fazer os outros sorrirem.
Sempre tão sorridentes,
E cercados de gente.
As pessoas não o conhecem,
Conhecem apenas até onde eles deixam.
Apenas o que eles querem que vejam.
Bobos assim como os cavaleiros,
Não deixam transparecer a sua dor,
Mas diferente do cavaleiro,
O bobo não se esconde,
Não tem medo de se machucar.
O bobo vive a se apaixonar,
E a sofrer,
Pois isso é a única coisa que o amor pode proporcionar.
Mas mesmo com toda a dor,
Ele sorri,
E tenta seguir em frente.
Veste sua fantasia e finge que nada aconteceu.
Começa tudo de novo,
Um novo dia.
Ele não pode deixar transparecer a sua dor.
Não tem quem o console,
Afinal é o papel dele,
Fazer com que os problemas sumam.
Pessoas precisam dele,
Para se sentirem bem.
E elas nem sabem o quanto.
Como já diz o nome,
O bobo é um bobo,
Sabe que vai se machucar,
Mas insiste.
Machuca-se,
E logo depois,
Faz o que sabe fazer de melhor.
Finge que nada aconteceu e segue em frente.
Acho que sou um bobo.